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sábado, 24 de dezembro de 2011

O que significa o nascimento de Cristo para o mundo?

O nascimento de Cristo para o mundo, significa um divisor de águas, fim de uma era, inicio de um novo calendário. 

No periodo em que Cristo nasceu havia duas culturas entrelaçadas (Grega e Romana) e uma na qual Cristo emerge (Judaica).

Os gregos tinham o lema de que a  sabedoria, o pensamento como forma de elevar uma classe social das demais, sendo assim, mulheres,crianças, escravos, eram sub-categorias. 

Os pensadores, eram a classe elevada ‘entender o kosmos’sofia (sabedoria) fazia separação entre os homens (1 Co 1.22).

Os romanos tinham nas suas leis o poder, a ordem era a forma para se manter a paz (Pax). A força, a pomposidade dos reis, a divisão de classes, a politica estruturada na conquista, no dominio. 

A filosofia romana era a ‘paz’ esse era o bem ‘maior’. Em busca de preservar a paz, pode-se oprimir o humano, o ideal de governo também deixava a humanidade dividida, estabelecia uma hierarquia onde o ‘império’ deveria ser mantido em detrimento do povo. 

A vida de cristo e não apenas o seu nascimento, sua filosofia e prática de vida, foi o primeiro a instituir os “direitos humanos“. Sua vida e mensagem carregava em seu bojo a inclusão social. As crianças que não eram valorizadas no judaixmo, tão pouco por gregos e romanos, eram modelos para o seu reino (Lc18.16).

Cristo fez a primeira revolução feminina da história, as mulheres não tinham voz na politica grega, tão pouco ocupava qualquer posição no império romano, no judaismo era interpretada como a responsável pela queda do homem. (Gn 3.6). 

Os pobres eram excluidos da religião judaica e tidos como sofredores da maldição divina. Jesus quebra esse estigma e os coloca como a classe que não precisava conquistar o reino, pois eram d'Eles antemão (Mt 5.3).

As pessoas que eram peso para o império, empecilho para o testemunho de  prosperidade da religião dominante,  foram acolhidas por aquele que veio como um verdadeiro revolucionário (Mt 5.3). Sem dúvida o maior  da história, veio para dividir, até o calendário ocidental foi partido em antes e depois do seu nascimento.

O nascimento de cristo é importante, mas a sua vida foi mais importante ainda. Ninguém viveu como ele,  defendeu o oprimido, libertou pessoas dos seus carceres emocionais e deu exemplo de como viver a vida.  
Viveu entre diversas culturas, mas nenhuma delas conseguir levar o ser humano onde Ele levou.

Na história do cristianismo interpretaram  Cristo de forma errada, transformaram a vida em códigos morais. Ele não defendeu a moral, mas sim  o direito do ser humano de existir e viver a vida em sua complexidade, sem juizos contra o outro, sem exclusão, respeitando crenças diferentes, amando as pessoas independente do que elas confessam crer. Cristo ensinou acima de tudo que as pessoas são mais importantes que sua religião.

Toda vez que alguém lutar pelos direitos dos pobres,  marginalizados, crianças,mulheres, doentes,  poderá até negar ser seguidor de cristo. Ser avesso ao  cristianismo dogmático intituido pela religião, mas estará defendendo o que Cristo defendeu, poderá até ser anti-cristo na teoria, mas será seu discipulo na prática.

3 comentários:

  1. E aí, JL, beleza?

    muito bom teu ensaio sobre o Jesus que não era um mestre da moral, mas era um mestre da vida!

    Caboclo, não deixe de aparecer na logos e mythos, ok? sua presença dá credibilidade teológica à confraria...rs

    abraços

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  2. Lima, a quem Ele vai dizer: Vinde Benditos do Meu Pai? Mas se poderia ficar só nas boas obras?

    Gostaria que você desenvolvesse mais o tema.

    Beijo.

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  3. Esse Cristo histórico se revela cada vez mais surpreendente do que o Mitificado. Realmente o seu evangelho era e é boas novas de paz, salvação, alegria e o melhor de tudo, aproximação de pessoas.
    Realmente, mestre, a luta pela vida foi e sempre será o grande objetivo de Cristo e nós como cristãos devemos ter o mesmo ideal.

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