Top blog

Top blog
Jl-reflexoes

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Zeus, Yavé ou Jesus?

As definições teológicas que fazemos a respeito da pessoa de Deus são realmente conceitos veterotestamentário, Neotestamentário, ou uma mistura de tudo, não será uma definição mais perto do deus Zeus, que o Yavé dos hebreus? E muito menos ainda do Jesus encarnado? Essa teologia é firmada numa revelação dialética, ou um processo estático?

 Enquanto Zeus fica numa redoma intocável, observando o mundo de forma indiferente, o Deus Yavé, sempre se revelou numa esfera existencial, relacional, não numa forma de silogismo filosófico, onde a transcendência deixava o “deus” totalmente ausente da vida humana, onde o homem vivia apavorado, sempre buscando aplacar a ira do seu “deus”, diga-se de passagem, que esse Deus grego sempre esteve irado!

 Se voltarmos às origens da teologia determinista, veremos que os judeus já tinham esse pensamento exclusivista de “Eleição incondicional”, ou “Predestinação”, no entanto vemos o Deus Yavé sempre os exortando, ao arrependimento, diga-se que não foram poucos os cativeiros que o povo passou.

 Basta ver que mesmo em cativeiro o povo achava que Deus os tinha abandonado, essa era a consciência que eles tinham, pois responsabilizavam Deus por suas decisões, como se suas decisões fossem responsabilidade de Deus. Ignorando que esse Deus que eles achavam que era responsável por seus infortúnios, sempre mandava profetas para adverti-los de seus maus caminhos [1]

 O apóstolo Paulo faz uma severa advertência para com a segurança excessiva de Israel, dizendo que os “ramos” foram cortados quanto mais seriam os que foram “enxertados”, também terão o mesmo destino se não perseverarem. [2]

 Vemos a mesma advertência de Jesus [3], embora seja inegável a contribuição de Agostinho para a teologia, não podemos negar que o conceito grego determinou sua definição sobre a natureza de Deus, foi a helenização do contexto de sua época que sem dúvida moldou a sua mentalidade de forma que Deus sempre foi definido como alguém que sempre está na esfera da meta-física!

 Será que o deus da filosofia é o Deus que se revelou a Abraão, Moisés, e os profetas, que sempre mandava uma mensagem dentro de um arcabouço histórico? Colocando nomes da sua pessoa de acordo com a circunstância do momento, pois se o homem estava enfermo, logo ele se revelava como o Deus que cura numa guerra ele se identificava como o Deus dos exércitos, tanto de forma coletiva quanto de forma individual.

Ele se revelava de forma relacional, alcançando seu ápice na encarnação “o logos transcendente, agora torna imanente”, pois esse logos que era atemporal decidiu agora ter um início de existência, sujeitando-se às leis que ele mesmo criou, subjugando-se aos limites que com certeza o “deus grego”, não se submeteria!

 O Deus transcendente dos gregos era intocável, inacessível, o “Logos”, que eles conheciam imutável, não tinha uma existência relacional, dialética, não interagia com a criatura.

Se partirmos do pressuposto vetero-testamentário que a revelação de Deus é progressiva e obteve seu auge no filho [4]. Então devemos rever nossos conceitos de que uma premissa verdadeira sobre Deus deve ser esgotada com afirmações e possibilidades de um Deus que a própria reforma defende ser “Onipotente”. Os conceitos teológicos formais são tentativas de assegurar as premissas ocultas por trás do conteúdo bíblico [5]

 Deus não é apenas metafísico, “anacrônico”, mas um Deus que “age”, decidiu voluntariamente ser temporal, experimentando uma curta existência terrena, como é comum aos seres humanos. Ele “interage” na história, quando Deus se revelou a Moisés ele não elaborou proposições acerca de seu caráter, mas mostrou o seu poder com “ação”.

Ou seja, ele não disse que era onipotente, mas agiu na história; manifestou-se ao próprio Moisés a quem Ele mesmo se revelou [6]. O que nos salva não são verdades formuladas em frases, mas Deus mesmo se dá como salvação.

A Epistemologia helenista vê a verdade como algo estático, como um pensamento, o “conhecer” independe do “fazer”, dessa forma o mundo não pode ser transformado pela participação humana, pois ele foi criado por Deus que decretou tudo (Até mesmo o mal?!).

Contempla tudo ocorrendo como planejou conseqüentemente as orações são subjetivas, e porque agir, se tudo vai acontecer independente da ação humana? Na cosmo-visão grega de Deus, a “teoria” é o que importa, a “práxis” é somente um efeito, da causa primária que é Deus.

Essa epistemologia é contraditória a teologia cristã, pois a verdade não é somente “teórica”, tampouco “abstrata”, mas sim “histórica”, a verdade “Veio" [7] e somos instruídos a praticá-la [8]. Os religiosos dos tempos de Jesus conheciam a lei e suas ordenanças, no entanto Jesus os advertiu que o conhecimento da verdade incluía uma atitude prática [9]. “Na Bíblia, porém, há um conceito de verdade diferente e fundamental: A verdade é o que acontece, aquilo que Deus faz [10]”.

 Não é de se estranhar que Marx chamou o cristianismo que ficava alienado dos eventos históricos de “Ópio do povo”, do ponto de vista dicotômico em que os reformadores viam a matéria, onde o “Espírito” era bom e a “Matéria”, era impura, (diga-se de passagem, que esse também era o conceito de origem gnóstica oriunda dos gregos, visto que na teologia reformada o pecado é herança determinada [11], é lógico que a igreja não deveria se envolver com obras de cunho social (por ex: como política), visto que a Igreja deveria viver uma espécie de “Ultra-mundanismo”.

O alvo era somente manter o espírito puro, o que fez com que a Igreja ganhasse muitos antagônicos à sua teologia. (Os mosteiros foi o efeito de uma teologia Utópica de ultra-mundanismo). C. René Padilla faz uma observação sobre esse pensamento:

“A salvação futura da alma, na qual o sentido da vida temporal se esgotava numa preparação para o “ultramundo”, a história é assimilada por uma escatologia futurista e a religião se converte num meio de escape da realidade presente. O resultado é o total desconhecimento dos problemas sociais, em nome da “superação do mundo”.[12]

Esse conceito de “conhecer” é antitético ao conceito vetero-testamentário, haja vista que “conhecer”, para o judeu não é pensar de forma abstrata e filosófica, mas a uma ocorrência pessoal, como por ex; expressa o termo “Yada”, usado como forma de conhecimento numa relação conjugal. [13]

 “O conhecimento no AT, não fica na esfera da meta-física, mas é algo recíproco, Deus se dá a conhecer revelando ao homem a sua vontade e reagindo quando este não corresponde com as suas expectativas”. [14] Rudolf Bultman fez a seguinte observação quanto à epistemologia do A T:

 “O conceito do conhecimento no AT, não é determinado pelo pensamento de que a realidade daquilo que é conhecido é mais puramente percebida se o relacionamento, pessoal entre aquele que conhece e o objeto do conhecimento é eliminados, e o conhecimento reduzido a um olhar à distância. O oposto é verdadeiro; o conhecimento ocorre se o significado e a afirmação do objeto do conhecimento são percebidos e efetivados" [15]

 Essa definição de Bultman está de acordo com a teologia Bíblica, pois a salvação não consiste em acreditar que é eleito, calando sua “segurança” numa série de proposições estáticas, mas na firme convicção de que o Deus que não exclui a filosofia como um meio de revelação, vai além da lógica de qualquer premissa por mais verdadeira que seja.

 Se Deus é tão poderoso como acreditamos que Ele é, então temos que conviver com paradoxos que a nossa mente não conseguira conciliar.

A fé em seu sentido primário consiste na adesão total ao Deus vivo e não simplesmente na aceitação de um credo de proposições, no depósito da fé, estão contidas as verdades necessárias a nossa salvação, a teologia possui uma função de explicitação das verdades deste deposito sagrado procurando o novo entre os vários mistérios e sua articulação com a razão humana”. [16]

A Teologia deve ser dialética e não estática, universalizar um dogma pode levar à paralisia denominacional, onde o “orgulho”, de se denominar “ortodoxo”, muitas vezes faz com que Deus levante outros para dar continuidade onde o “ufanismo”. Estagnou!

 Somente Deus pode falar D’Ele mesmo, e dizer que tem a “patente” da Teologia, pois sem dúvida ele tem a verdade absoluta daquilo que fala; o que nós falamos D’Ele são “verdades”, (mas não absolutas no sentido de esgotar todo o conhecimento daquilo que falamos!), pois poderão tornar-se até contraditórias se não olharmos essas “verdades” com outras verdades que são até mesmo paradoxais no falar de Deus.

Deus é o Deus, que está “ativo na história”, realizando conjuntamente com o homem a restauração de todas as coisas.
___________________________________________
Notas
[1] Jeremias 17:7-10
[2] Romanos 11:11-24
[3] João 15:1-6
[4] Hebreus 1:1-3
[5] Bruner: 1984 p.154
[6] Êxodo 4:1-7[7] João 1.17 Veja que o texto diz que a lei foi dada por Moisés, isso não que dizer que não havia verdade na lei, mas sem a graça de Jesus essa verdade não poderia ser experimentada no âmago da experiência prática.
[8] A verdade como teoria, não foi excluída por Jesus, no entanto, Ele mostrou que a verdade pode também ser conhecida quando alguém praticar os seus mandamentos, ou seja, as práticas dos seus mandamentos é uma forma de se “Conhecer a verdade”. Cf João 3.21.
[9] João 8.34
[10] Shuarz, op.cit. Bruner. p.59.
[11] Creio que houve uma perda da retidão original, uma inclinação natural para o egoísmo, a satisfação própria, no entanto, não creio que esse pecado depravou o homem totalmente, como ensinava Agostinho, e em continuidade da sua teologia a reforma aderiu a essa concepção. Embora compreenda a que os reformadores quiseram defender o sinergismo na salvação no contexto da Igreja Ocidental.
[12] Padilla: 1992.p.33
[13] Gênesis 4:1
[14] Gênesis 6:6, 1 Samuel 15:11, Salmos 50:16-21, Amós 7:3
[15] Bultman: 1953.p.697
[16] Boff: 1981.pp. 80-81

16 comentários:

  1. Graça e Paz!
    Muitas das vezes vemos um Deus imperialista, façam o que eu quero, só que pude entender que o nosso Deus quer sempre relacionar conosco e quando nos deixa os mandamentos, nos dá instruções e não ordem e isso é ser Deus que se relaciona.
    Muito bom o seu artigo J. Lima continue assim nos ajundando ter luz em nossas mentes santas.

    ResponderExcluir
  2. Tudo muito bonito, tudo muito lindo, tudo muito redondo romântico e estética e sistematicamente simétrico, mas ainda bem que você colocou um aspas no “ativo na história”, pois realmente Deus não se revelou a Moisés, foi Moises que atribui as suas intuições a vontade de um Deus que não tinha rosto, não tinha cor e nem mesmo “vontade”.

    Não existe esta tal coisa de “a revelação de Deus é progressiva” o que existe são homens que dão cara a ao deus impregnado no seu inconsciente que por ser incomensuravelmente incompreensível se torna necessário uma pintura pela mãos de homens que assumiram como missão de suas existência pintar com as cores que tinham este grande Desconhecido.

    Jesus não é encarnação do verbo, ele é apenas o maior visionário da humanidade que foi escolhido para escrever as palavras dos sons inelegíveis e inaudíveis deste Deus que nada fala, só balbucia...

    ResponderExcluir
  3. Gresder.
    Que bom ter você aqui na minha sala.
    Antes de entrar no mérito do seu comentário quero lhe informar que esse blog tem o objetivo de transmitir uma mensagem relevante para diversos níveis cultural.

    Sendo assim você verá sempre uma nota de rodapé, visto eu ter consciência que muitos dos leitores se interessam pelos temas aqui postado, sem no entanto ter familiaridade com os termos da teologia e filosofia.

    Quanto ao seu comentário sobre Moisés, é bom você explicar que esse é o seu ponto de vista... não significa que esse seja a vista do meu ponto! Hahahahhaahha.

    Quando eu digo que Deus está ativo na história, isso reflete a minha posição teológica que não é nem TEISTA ORTODOXA, que reflete um “Deus que intervem em tudo”, tão pouco um “DEISMO”, que expressa um “Deus que não in-ter-"vém” em nada”!.

    Creio num “Deus com personalidade”, claro que numa leitura psicanalítica, essa concepção de personalidade não nasce da vertical para a horizontal, mas o inverso, seria uma projeção construtiva da minha psique! (não quero entrar no mérito freudiano-junguiano da questão) Hahhaahaha.

    Quanto a “Revelação progressiva”, entenda essa dentro do contexto que escrevi, e não faça uma interpretação “Eisegética”, do meu texto. Veja que esse texto na verdade é uma dês-construção da “episteme tradicional”, quando fala que é progressiva, não estou falando de uma “revelação pré-dada”.

    Não são conceitos de verdades prontas, metafísicas, mas sim na “história”, ou seja, são verdades que surgem na dialética da vida, o “conhecimento de Deus”, se dá na “ex”- (fora) “peri”- (ao redor de) “ência”) pratica, aprendizado.

    Ou seja é a revelação que se dá no encontro com a vida e os seus paradoxos, onde a verdade é histórica, se dá no encontro do homem com seus desejos e traumas.

    Espero ter explicado. Ok?
    Abraço.

    ResponderExcluir
  4. Não! não explicou nada rsrs só confundiu mais minha cabeça “preguiçosamente” pensante.

    Saio daqui com a impressão de que você esta querendo me enrolar... que isso Jose lima você esta querendo me confundir, você acha que eu sou doido, ou você esta fazendo isso comigo só para eu parecer um doido que esta querendo dizer que você quis dizer que eu sou doido kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Não vem não que estes seus sofismas não me embaraçam não, não finja que você não entendeu meu comentário histórico/metafísico/existencial/intuitivo/ sobre como se dá o processo de revelação rsrs.

    Me desculpe se aqui eu superei Barth kkkkk

    Acontece que eu tenho péssimo costume de entregar o segredo do pulo do gato, pois entre o que escrevemos e o que cremos, as vezes existe uma distancia que a nossa posição impede de falar.

    Ora essa! Deus se revelou a Moisés! como assim? Num passe de mágica? Numa planta falante? Numa escrita na pedra? Numa imagem projetada na caverna? Como voz de muitas águas? como voz de trovão? Como um choro de um bebe? Como o grito de uma mãe? Numa escrita na parede? Cara a cara? Costa a costa? Pela audição? Pela visão? Pelo olfato? Pelo paladar (ele comeu algum livro como João) pelo tato?
    Em que língua? Em que sotaque? Com voz de adulto ou de criança? Com voz de mulher homem ou idoso ou jumenta? O que foi mesmo o que Deus falou?

    A revelação só se da na intuição do homem que se sente irreversivelmente destinado para isso< deus não tem personalidade, a personalidade é formada pelas tendências propensões e experiências que afetam o ente humano, Deus não e moldado por nada que vem de fora, ele é Espírito puro, Razão pura, portanto não tem personalidade, exceto as que homens como Moises e Jesus assumiram a responsabilidade de dar. Deus é preto é braço, os homens é que dão as cores.

    ResponderExcluir
  5. Falta aqui uma DEUSA para acalmar os "ANIMUS".
    Jung - explica(rsrsrs)

    Gresder e J. Lima, estou apreciando aqui da arquibancada a dialética entre vocês dois.

    "A revelação só se dá na intuição do homem..."

    A afirmação do Gresder acima, abriu o leque para explicar a realidade divina, através da psicologia profunda.

    Achei interessante essa cosntrução gresderiana:

    "deus não tem personalidade, a personalidade é formada pelas tendências propensões e experiências que afetam o ente humano..."

    Quero ver em que isso vai dar.

    Abraços

    Levi B. Santos

    ResponderExcluir
  6. Levi se você esta assistindo esta luta de gladiadores, passa lá no blog do Wagner que a briga também esta boa, eu vou botar este franguinhos na panela, meu dedo esta coçando, minhas pernas estão irrequietas, eu quero é dar porrada como o Maçaranduba , cadê o covarde do Sé Lima, volta aqui seu cagão kkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  7. JL, partindo dos pressupostos teológicos tradicionais como "O Deus que age na história", você escreveu um texto irretocável. Eu também teria minhas críticas a alguns conceitos como o pentelho do Gresder tá fazendo, mas prefiro não dizê-los, pois já conheço um pouco da tua cabeça multifocal e este texto é apenas o Evento visto de um ponto.

    ResponderExcluir
  8. Sr. Anônimo...
    Com todo o respeito que você não merece!
    Por favor, já que não tem coragem para se identificar, gostaria de lhe pedir algo que talvez você ainda tenha: VERGONHA!

    Será que você não percebeu que esse blog é de alguém que tem maturidade teológica e filosófica e que não vai ficar discutindo semântica de palavras do hebraico até chegar numa transliteração da língua portuguesa?
    Faça-me o favor!

    Que você não é inteligente dá para perceber, mas que tenha um mínimo de educação, dá para se esperar...

    Por favor procure um blog de pessoas do seu nível intelectual, não sei se vai encontrar ...mas tente quem sabe.....
    Se você tiver coragem de se identificar darei uma resposta sobre esse nome YAOHÚSHA!

    Estarei deletando e a menos que se identifique não deixarei esse pífio comentário sem nexo ocupando espaço no meu blog!
    Grato

    ResponderExcluir
  9. Já que você gosta tanto de postar no blog dos outros, porque não cria vergonha na cara e se identifica!

    Postar artigos como anônimo é digno de covardes que não tem coragem de mostrar o quanto ridiculo são os seus argumentos!

    Não vou mais deletar os seus insignificantes textos, vou deixar a sua covardia se perpetuar, alíais isso é bem digno de pessoas como você!

    ResponderExcluir
  10. O nome de Deus

    A primeira menção do nome é feita em Gênesis 4:26: “A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do SENHOR” No entanto O Senhor fala em Êxodo 6:3.  “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido”.  

    Em Gênesis diz que já se invocava ao SENHOR, mas em Êxodo o próprio SENHOR diz que pelo seu nome ainda não era conhecido, veja que não diz que não conhecia o SENHOR, mas que as características reveladas foi como o DEUS TODO PODEROSO, mas com Moisés seria uma revelação diferente, ainda não conhecida pelo povo que estava no Egito.

    Pois quando perguntado por Moisés qual o seu nome Deus responde em Êxodo 3: 13-15:

    “Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?
    Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.

    Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração.

    No Antigo testamento as divindades recebiam o nome dado pelos seus seguidores, os nomes foram dados para indicar a função de cada um. , somente Deus definiu o seu nome. Por isso em Êxodo 20:7 diz “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” .

    Essa admoestação de Deus estava relacionado com a crença dos povos de que ter o conhecimento do nome do deus, daria a pessoa autoridade sobre essa divindade.
    Essa pode ser a razão da insistência de Jacó querer saber o nome do ANJO que lutou com ele no vale de Jaboque:

    Gênesis 32:29: “Tornou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali.”

    Já o nome de Deus no hebraico , vem do tetragrama hebraico.
    Y H W H
    Yúd Rê váv Rê
    (de onde vem o nome YAVÈ)

    Levitico 24:16 “Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará; tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto".

    Na Bíblia, Deus é chamado por vários nomes: ELOHIM, que significa “Deus”; ELÔAH, que significa “Deus”; EL, que significa “Deus”; ELION, que significa “Altíssimo”; SHADAY, que significa “Onipotente”; ADONAY, que significa “Senhor” e YAHVEH, que significa “Ele faz existir”.
     
    Este último nome, YAHVEH, é o único nome que é realmente o nome próprio de Deus. Os outros nomes são mais títulos do que nomes propriamente.
    Este nome é derivado da forma causativa do verbo hebraico Havah, que significa “ser”, ou “existir”.

    O nome YAHVEH aparece muitas vezes no Tanach (Antigo Testamento). Este nome é considerado o mais sagrado dos nomes de Deus.
     
    No entanto, na maioria das traduções da Bíblia, onde aparece o nome YAHVEH, este nome é substituído pela palavra “Senhor”.
     
    CONTINUA...

    ResponderExcluir
  11. CONTINUA...
    Isto acontece pela seguinte razão:
     
    A partir do século III a.C., os judeus deixaram de pronunciar o nome sagrado de Deus, YAHVEH, porque achavam que seria uma profanação pronunciá-lo, e por isso, ao lerem a Bíblia, onde estava escrito YAHVEH, eles pronunciavam ADONAY, que significa “Senhor”.

    Por este motivo, quando a Bíblia foi traduzida para o grego, onde aparecia o nome sagrado YAHVEH, eles colocaram KYRIOS, que em grego significa “Senhor”. Posteriormente, ao traduzirem a Bíblia para o latim, onde aparecia o nome sagrado, eles colocaram “Dominus”, que significa “Senhor”, e depois, quando traduziram para o português, colocaram “Senhor”.
     
    Em algumas traduções mais modernas, onde aparece o nome YAHVEH, eles colocaram SENHOR, com todas as letras maiúsculas, para que o leitor saiba que ali a palavra SENHOR está substituindo o nome sagrado de Deus, YAHVEH.

    E quando no texto original da Bíblia, em hebraico, aparece o nome ADONAY, eles colocam Senhor, com apenas a inicial maiúscula.
     
    O nome YAHVEH, quando adaptado para a língua portuguesa, fica JAVÉ, ou JAEVÉ. Isto porque, em hebraico, o nome é pronunciado YAHVEH ou YAHEVEH, conforme se pronuncie de forma mais rápida ou mais pausada.
     
    Algumas pessoas pronunciam o nome sagrado de Deus como YEHOVAH, e o adaptam para a língua portuguesa como JEOVÁ. No entanto, a pronúncia certa é YAHVEH.
     
    Esta divergência de pronúncia ocorreu pelas seguintes razões:
     
    O Tanach (Antigo Testamento) foi escrito em hebraico. No alfabeto hebraico, originalmente, não existiam vogais, só existiam consoantes.

    Não era necessário escrever as vogais, porque as pessoas que conhecem bem a língua hebraica, lêem perfeitamente o texto escrito só com consoantes, e inclusive as raízes das palavras, em hebraico, são constituídas somente de consoantes, que são vocalizadas de várias formas, para formar verbos, substantivos, adjetivos, etc.
     
    Quando os judeus deixaram de pronunciar o nome YAHVEH, este nome continuou a ser pronunciado pelos sacerdotes, no Templo, quando abençoavam o povo, com a bênção sacerdotal (Números 4:24-26). Portanto, a verdadeira pronúncia do nome sagrado continuou conhecida.
     
    No entanto, no ano 70 D.C., o Templo de Deus foi destruído pelos romanos, e então os judeus deixaram completamente de pronunciar o nome sagrado de Deus, e por isso, aos poucos, a verdadeira pronúncia foi caindo no esquecimento, embora a tradição judaica diga que alguns rabinos, ao longo dos séculos, sabiam a verdadeira pronúncia do nome sagrado de Deus, que é também chamado de tetragrama sagrado, pois é formado por quatro consoantes: YHVH.
     
    Na mesma ocasião em que o Templo de Deus foi destruído, foi destruída também a cidade de Jerusalém, e os judeus foram expulsos da sua terra, e foram espalhados entre as nações. Por isso, os judeus deixaram de falar o hebraico no dia-a-dia, e passaram a usar a língua hebraica apenas para orar e ler a Bíblia, e para escrever comentários sobre a Bíblia.
     
    Em decorrência disso, começou a surgir o risco de ninguém mais saber qual a pronúncia correta do texto da Bíblia. Então os judeus inventaram uns sinais, constituídos de pontos e traços, que são colocados embaixo ou acima das consoantes, e que representam as vogais, e colocaram estes sinais de vogais em todo o texto do Tanach (Velho Testamento).

    O temor de blasfemar o nome do SENHOR, levou os judeus a toda vez que fossem ler o nome de Deus YHWH (Yavé), a substituírem a pronuncia por ADONAY ou ELOHIM.

    No inicio da era Cristã, os escritores judaicos usaram os sinais massoreticos visto que o alfabeto hebraico ser consonantal, então colocaram os sinais representando as vogais de ADONAY, formando a palavra IEHOWAH, visto que a língua hebraica era escrita sem vogais, a pronuncia exata da palavra foi perdida e, no decurso da história só permaneceu as letras YHWH.

    Isaías 42:12: Eu anunciei salvação, realizei-a e a fiz ouvir; deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus.

    ResponderExcluir
  12. *Esse texto é para você ANÔNIMO que entra no meu blog, não se identifica, questiona o que escrevo, e ainda tem a "coragem" de me acusar com versículos biblicos me exortando a tratá-lo da maneira que acha melhor.
    Sem não tem coragem de se identificar e ainda quer que o trate com respeito, sendo que não tem educação sequer para se identificar...
    Bom mesmo assim escrevi esse texto para você quero que saiba que apesar dos meus defeitos tenho coragem de assumir o que escrevo!
    J. Lima.

    ResponderExcluir
  13. Anônimo...
    Eu não sei o que lhe fiz para que você continue a encher o meu blog com versículos da Biblia.
    Olha eu fiz o meu comentário sobre o tema que você abordou.
    Peço por gentileza, pare de ficar colocando textos sem a sua identificação, e sem nenhum comentário sobre o post escrito.
    Por favor.
    Estou lhe pedindo com educação.
    Se você se julga tão mais religioso do que os outros, a ponto de querer converter a pessoa a sua doutrina, mostre pelo menos um pouco de bom senso..
    Você está pertubando a minha paz...
    Não te conheço, e para falar a verdade não desejo te conhecer, me deixe em paz...
    Se não a unica opção que vou tomar será moderar os comentários...infelizmente...
    Obrigado.

    ResponderExcluir
  14. NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

    Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. Bíblia. ( PAZ...!!! )

    ResponderExcluir
  15. E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os
    na doutrina e admoestação do Senhor.


    Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao
    Senhor.

    ESTÁ ESCRITO.

    XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

    Feliz dia dos pais!!!

    ResponderExcluir
  16. A paz do senhor Jesus, para aqueles que a tem e a recebem!
    para os demais, fica meu bom dia.
    Meu nome é Guilherme, não sou nenhum teólogo, sou apenas um jovem cristão de catorze anos, estudioso da palavra de Deus. Não me identifico melhor, para não causar mais polêmicas, pois esta não é minha intenção. Também quero dizer, que não estou aqui para defender nada ou ninguém, se não meu ponto de vista, e a sã doutrina.Peço que só repliquem o meu comentário, aqueles que creem integralmente na bíblia, pois com os demais, não tenho o que discutir, já que nossos argumentos e opiniões, são fundados em bases diferentes, e assim não concordaram jamais, portanto, eu RESPEITO (e não, concordo com) vosso "credo", e vós, respeitais o meu por gentileza.
    Gostaria apenas de lembrar, que para discutir, interpretar, e até referir-se as sagradas escrituras -já que só se discuti sobre ao que se dá importância- é preciso ter, além da teologia(com isso quero dizer conhecimento no assunto), a unção do Espírito Santo de Deus: "antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (2 Pedro 3:18.a)", do contrário se peca.
    Então, estive vendo a discussão, entre J. Lima, e Gresder Sil, e gostaria de dizer que (segundo a bíblia, relembrando, são conceitos bíblicos. Deveras, servem apenas aos que creem na bíblia)Deus se revelou sim a Moisés.
    INTUIÇÕES? "eta homenzinho intuitivo esse Moisés hein?!"
    Intuições, somente para queles que não creem na bíblia, porém para os que creem, são revelações de Deus ao homem, por seu amor e misericórdia, para por exemplo o livrar, como no caso do "intuitivo" moisés, que foi usado para livrar o povo amado de Deus.
    Cristo é sim, o verbo divino encarnado. Visionários da humanidade, muitos são considerados os maiores -são CONSIDERADOS-, tais quais: Mahatma Gandhi, Dalai Lama, Buda, Mohamed (Maomé), Chico Xavier entre outros, e estes, cada um para seus seguidores, é o maior dos visionários.
    Porém Cristo é o filho de Deus, que se igualou ao homem, para prestar sacrifício por ele, devido as misericórdias divinas, morrendo assim, por sua salvação.
    Coitados daqueles que pensam que Deus, não fala, mas somente balbucia, estes ignorantes não podem infelizmente, experimentar, o poder e a glória de Deus, além de blasfemar contra o Onipotente.
    Se Cristo não fosse o filho de Deus, não teria sido reconhecido pelo profeta João Batista, e se alguém não acredita na profecia de joão, não acredita na bíblia, (pois esta não pode conter partes certas e outras erradas, por isso eu disse que só discutiria com aqueles que creem INTEGRALMENTE) e não compete à mim, faze-los crer.
    No momento, é apenas isto, agradeço a oportunidade de publicar o comentário.

    ResponderExcluir