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sábado, 30 de novembro de 2013

UMA REFLEXÃO SOBRE VELHICE DESCARTÁVEL E A SUPERVALORIZAÇÃO DA JUVENTUDE NA MODERNIDADE.

A propaganda começa com uma Senhor falando :

- 140 anos trabalhando aqui e ainda fico abismado como a cerveja é gostosa.

O jovem entra na conversa e diz:

- Falando em gostosa, vocês não querem fazer um comercial com mulher gostosa né?

O Senhor que havia falado que há 140 anos trabalhava na cervejaria  responde:

- Não!

O jovem então pergunta:

- O que a gente faz então para deixar a nossa propaganda mais jovem?

Outro Senhor pergunta:

 - De novo?

O primeiro que iniciou o diálogo diz:

- Você pode fazer o que quiser só não mexe com a cerveja!

O outro Senhor levanta o dedo e diz:

- E nem com a Dona Yolanda!

Aponta com a cabeça para o lado em direção uma Senhora que está sentado do outro lado, dá uma pausa e com um sorriso diz:

“Tô pegando”!

Há dois conceitos que retratam o fenômeno que vivemos na modernidade em relação a juventude e velhice:

O 1° conceito: 


A enfase inicial que ressalta o valor da tradição, o tempo como algo que pode preservar a qualidade.


Um século e meio, fala da “velhice”  uma valoração da  tradição  como uma necessidade psicológica de duração, de segurança.


Segundo  Giddens (1990, p.107): 


“A tradição contribui de maneira básica para a segurança ontológica na medida em que mantém a confiança na continuidade do passado, do presente e futuro, e vincula esta confiança a práticas rotinizadas”.


Há uma defesa da tradição, da  preservação dos costumes no tempo, onde separa beber desvinculado a mulheres seminuas, como é feito normalmente nas propagandas.


A cerveja não foi afetada pelas mudanças da modernidade, a tradição resistiu ao tempo.


O 2° conceito:


 A propaganda  faz uma apologia a preservação da tradição, ao mesmo tempo em que a contradiz.


Isso acontece quando outro senhor dá continuidade, mostrando que  o tempo preservou o valor ao dizer:


- E nem com a  Dona Yolanda!


A Dona Yolanda e a Cerveja são colocadas como sinônimo de valor imutável, não afetada pela modernidade, a tradição que resiste ao tempo.


Mas quando o Senhor faz uma pausa e diz:

- Tô pegando!

Ele mostra o processo de desconstrução da tradição frente a modernidade,  ao utilizar um termo que mostra as relações frágeis.


Esse é o fenômeno da  “modernidade liquida”, onde as relações são fluidas e pouco duráveis.


Na concepção de Baumann (2003):


“Os fluídos movem-se facilmente, quer dizer: simplesmente “fluem”, “escorrem entre os dedos”, “transbordam”, “vazam”, “preenchem vazios com leveza e fluidez”. 


Desvalorização da velhice e uma  tentativa de eternizar a juventude.


A juventude é supervalorizada e a velhice é sinônimo de invalidez e objeto descartável.


Vivemos num mundo em que as pessoas têm medo envelhecer, por isso o Senhor que valorizou a “Dona Yolanda” que também tinha a sua faixa etária, a desvalorizou quando disse:


- “Estou pegando”!


Estar “pegando alguém", não é algo da tradição  é fenômeno  da modernidade.


Essa é a desvalorização do durável e a supervalorização do descartável.


"Pegar" conota objeto e não pessoas.


Nesse drama existencial é que surge uma das industrias que mais faturam no mundo capitalista.


A industria de cosméticos para ocultar os traços da velhice.

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Referências.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

GIDDENS, Anthony.  As consequências da modernidade.  Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro. RJ. 1997.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

PAULO FREIRE: UMA REFLEXÃO SOBRE OS DESAFIOS ATUAIS DA PRÁTICA 
DOCENTE*

A pedagogia do oprimido na concepção de Paulo Freire tem como premissa básica: “o ser humano tem capacidade e potencialidade para ser o protagonista da sua história”.

Contudo, é necessário, que haja conscientização de que uma transformação realmente eficiente não vem de fora, como algo pré-dado, mas sim, uma consciência com base na reflexão através de todas as experiências de vida adquirida.

A partir do axioma da valorização da pessoa como indivíduo com potencial para a liberdade, a pedagogia do oprimido contesta a visão bancária de ensino, que tem seus postulados na historiografia positivista, de hierarquia.

Nessa visão, o ensino é visto como gradativo, pode ser classificado o grau de conhecimento de acordo com os cursos efetuados.

Nessa óptica o professor (mestre) detém o conhecimento, e o aluno é o receptáculo desses “conhecimentos intelectuais”, metafísico, desconectado da história.

Essa visão remonta ao conceito de “conhecer” da filosofia grega onde o mundo precisava ser interpretado, e o sujeito se ajusta a ele, em oposição à historiografia marxista, o mundo precisa ser transformado.

Não há passividade entre o sujeito e o objeto do estudo, ambos interagem numa dialética, e o conhecimento está sempre em movimento, em construção.

A pedagogia do oprimido apresenta uma visão diametralmente oposta ao sistema vigente da educação classificada por Paulo Freire com “bancária”, onde a violência dos opressores leva a desumanização dos oprimidos, a uma vocação do “ser menos” pelo fato de distorcer o significado de “ser mais”.

Nas palavras de Freire (1987, p.33):

a narração de conteúdos que por isso mesmo tendem a petrificar ou fazer-se algo quase morto, sejam valores ou dimensões concretas da realidade, narração ou dissertação que implica num sujeito – o narrador e em objetos pacientes, ouvintes-os educandos.

Paulo Freire adota sem duvida em sua pedagogia do oprimido a historiografia Marxista pelo fato de que para ele o “conhecimento” não é algo que vem pronto, não é patente do educador, mas, um movimento, um diálogo de experiências de quem transmite, e quem recebe a transmissão, de forma que não há passividade por parte de quem “aprende”.

Denunciando a falha e a precariedade do sistema educacional, Paulo Freire fala da finalidade desse sistema de ensino. 

Preservar a situação de que são beneficiários e que lhes possibilita a manutenção de sua falsa generosidade (...)  Por isto mesmo é que reagem, até instintivamente, contra qualquer tentativa de uma educação estimulante do pensar autêntico, que não se deixa emaranhar pelas voes parciais da realidade, buscando sempre os nexos que prendem um ponto a outro, ou um problema a outra. (FREIRE, 1987, p. 34).

Paulo Freire instiga o leitor a pensar numa alternativa para a educação, aonde ela venha proporcionar ao estudante uma oportunidade de libertação, e isso seria a melhor forma de humanizar as pessoas.

Sobre as condições do estudante no sistema bancário,

a sua domesticação é a da realidade a qual se lhes fala como algo estático pode desapertá-los como contradição de si mesmos e da realidade. De si mesmos e da realidade, de si mesmos ao se descobrirem, por experiência existencial em um modo de ser inconciliável com a sua vocação de humanizar-se. Da realidade, ao perceberem - na em suas realizações com ela como devenir constante. (FREIRE, 1987, p. 35).

Os oprimidos são destituídos do seu direito a autonomia, enquanto os opressores sempre lutam para legitimar e perpetuar o seu “direito” de opressão.

Opressores e oprimidos atuam em lados opostos, formando dois pólos onde os opressores lucram com a desumanização dos mais pobres, visto carregarem em si sentimentos egoístas de individualismo e desigualdade.

Nesse caso a solidariedade que muitas vezes são manifestadas pelos detentores são ilusórias e interesseiras, uma forma de manter a opressão mascaradas por atos de solidariedade.

O grande desafio está no fato de que o oprimido é o hospedeiro do opressor, a sociedade juntamente com a educação tradicional inserem modelos dentro das pessoas, o que acontece segundo Freire (1987, p.34):

ao receberem o mundo que neles entra, já são seres passivos, cabe a educação passivá-los mais ainda e adaptá-los ao mundo. Quanto mais adaptados para a concepção “bancária”, tanto mais “educados” , porque adequados ao mundo.

É preciso dar ênfase ao fato de que os homens são pessoas e como pessoas são livres e eximir-se de fazer com que essa afirmação seja uma realidade é uma farsa.

Pedagogia do oprimido leva a proposta de uma autonomia, uma reflexão que possa fazer uso da critica, assim possibilitará o homem ser o protagonista da sua história, é preciso uma interação dialógica e igualitária entre as pessoas para haver possibilidade de criar-se uma consciência coletiva na construção do novo.

Mas para isso é preciso desconstruir as estruturas fundamentada no modelo tradicional. É preciso uma educação oposta a qual o autor denomina de “problematizadora” em oposição a “bancária”.

 Nesse sentido a educação problematizadora, já não é o ato de depositar, ou de narrar ou de transferir “conhecimentos” e valores aos educandos, meros pacientes, à maneira da educação bancária, mas um ato cognoscente como situação gnosiológica, em que o objeto cognoscível em lugar do termino do ato cognoscente de um sujeito é o mediatizador de sujeitos cognoscentes.

Educador de um lado, educandos, de outro, a educação problematizadora coloca desde logo a existência da superação da contradição educador educandos.

Sem esta não é possível à relação dialógica indispensável à cognoscibilidade dos sujeitos cognoscentes, em torno do mesmo objeto “cognoscível”. (FREIRE, 1987, p.39).

Um dos fatores a ser revisto é o conteúdo programático da educação, como fruto de um diálogo, de uma inquietação acerca do conteúdo. Não como uma imposição, mas, uma doação.

Segundo o autor, não é um conjunto de informes a ser depositado nos educandos, mas uma devolução sistematizada e organizada de acordo com a visão de mundo e cultura que tenha o povo para que não se torne uma “invasão cultural” e isso ocorre mesmo sem que haja intenção.

O conteúdo programático é um dos maiores obstáculos, pois, muitas vezes não abordam a situação presente e existencial do homem, é preciso que o conteúdo seja concreto, que venha refletir as aspirações do povo, que possa desafiar e exigir uma resposta não só na dimensão intelectual, mas de ação.

Na pratica docente é preciso acima de tudo mudar o paradigma do educando como o que detém o conhecimento e o estudante como o que apenas é um receptáculo passivo.

Há uma necessidade de compreender o ser humano como um ser complexo, que seu aprendizado deve ser interativo, participativo.

Considerar que para o educando ter a capacidade de assimilar e levar para a dimensão prática os conteúdos é preciso levar em conta a sua história, sua complexidade, como anseios, desejos, e seu contexto na sociedade.

O Educador precisa assumir o seu papel como facilitador do processo de libertação do educando, levando a uma reflexão critica dos pressupostos já internalizados nele.

O educando precisa ser confrontado com o seu papel na história, ser despertado a assumir a posição de protagonista, ter uma participação critica, como forma de mudar a sua realidade.

Pensar só é certo quando o é feito criticamente, o ato de pensar não pode estar desconectado da ação.

Teoria e práxis são indissociáveis, de forma que a práxis legitima a veracidade da teoria, a desconexão transforma o ensino em metafísico, anacrônico, subjetivo e em última análise paralisante e legitimador do status quo predominante.

O educador na atualidade tem o desafio de ser democrático, no sentido que reconhecer os educandos como sujeitos, defender sua liberdade, e assim atuar como mediador oferecendo ao educando a oportunidade de ter uma consciência critica e transformadora.
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REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1987.

*Curso de Ciências Sociais. Universidade Metodista de São Paulo - UMESP

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A  EDUCAÇÃO NO CONTEXTO NEOLIBERAL: UMA REFLEXÃO SOBRE A MERITOCRACIA NO ENSINO PÚBLICO*


O gerenciamento por metas versus objetivos defendidos pela secretaria de educação Maria Helena Guimarães de Castro, além de não melhorar a educação, certamente agravará o sistema de ensino. Isso porque nessa perspectiva adotada pela ideologia neoliberal, coloca como causa a as praticas pedagógicas e os professores.

Jogam a culpa pela situação vigente na falta de esforço individual e pedagógica dos professores e a falta de interesse dos alunos.

Esse modelo transfere a responsabilidade do estado como agente responsável por uma  política de melhoria na educação,  para a responsabilidade individual do educador e a meritocracia do aluno no seu desempenho ignorando as políticas governamentais como produtoras da exclusão através de suas políticas na educação.

A proposta da secretária da educação em promover uma “competição meritória” entre professores para estimular o melhor desenvolvimento no ensino, é arbitrária, isso porque ignora as condições desfavoráveis enfrentadas pelos professores em toda a estrutura do ensino publico, essa transferência de responsabilidade é injusta, pois, ignora as condições de cada um na sua individualidade.

Alunos e professores nesse caso serão penalizados, pois irão sofrer concorrência desleal, desde a sua formação não são oferecidas condições iguais. Esse modelo neoliberal que tenta levar a escola à dimensão de mercado promovendo a competição meritória  é descrita da seguinte forma:

Em suma, os governos neoliberais deixaram (e estão deixando) nossos países muito mais pobres, mais excludentes, mais desiguais. Incrementaram (e estão incrementando) a discriminação social, racial e sexual, reproduzindo os privilégios das minorias. Exacerbaram (e estão exacerbando) o individualismo e a competição selvagem, quebrando assim os laços de solidariedade coletiva e intensificando um processo antidemocrático de seleção "natural" onde os "melhores"" triunfam e os piores perdem. (Pablo Gentili).

A nossa sociedade é dicotomizada, e os considerados “melhores”  estão de certa forma predestinados, esses são as classes privilegiadas, as que detêm o poder e os “piores”, são as classes subjugadas num contexto de pobreza que na maioria das vezes lhes é negado às mínimas condições de viver com dignidade.

Na visão neoliberal apresentada pela secretária da educação do estado de São Paulo, “ao ignorar méritos e deméritos, ela deixa de jogar luz sobre os mais talentosos e esforçados e, com isso, contribui para a acomodação de uma massa de profissionais numa zona de mediocridade. Por isso, demos um passo na direção oposta”. 

Esse axioma tem postulados no “mérito individual” do sujeito na sociedade como se somente uma pessoa pudesse reverter o processo que tem variantes sociais, é uma visão simplista e reducionista, achar que com o modelo de competição, estimulando talentos individuais irá solucionar um problema de estrutura.

Maria Helena usa como  base para afirmar a sua tese sobre o bônus para o professor que mais se destacar diante a metodologia de prêmios e fala de como premiar os profissionais mais presentes ao mesmo tempo excluir os mais faltosos, o que é uma boa proposta, contudo, não se deve esquecer que as condições básicas de Nova York desde a escola primária, e o sistema educacional americano oferece condições para que esse professor que tenha interesse em melhorar realmente consiga alcançar esse estágio proposto pelo sistema educacional.

A secretária deveria fazer uma comparação quantitativa de investimento em Nova York com o estado de São Paulo, daí verá que as realidades são diferentes, principalmente a prioridade ao setor educacional adotada pelo referido estado americano em comparação com o estado mais rico do país.  

“O Brasil ainda está pouco habituado a encarar as políticas para a educação voltada pra os alunos”. (Maria Helena).

Essa afirmação é absoluta, contudo, no contexto em que a secretária faz, ela particulariza, como se a realidade dessa afirmação, tivesse sua causa somente nos  professores.

Os alunos merecem uma boa aula, isso é indiscutível,  devem-se premiar os professores  mais ativos no ensino, os que menos faltam isso podem ser feito; contudo é reducionista deixar nas entrelinhas que o ambiente e as péssimas condições das instalações e a falta de do mínimo necessário para que isso ocorra, não influencia ou até mesmo determina as precariedades do ensino.

O modelo educacional proposto por Maria Helena tem sua configuração na perspectiva neoliberal, com sua lógica de mercado, de acordo com Pablo Gentili:

"A lógica competitiva promovida por um sistema de prêmios e castigos com base em tais critérios meritocráticos cria as condições culturais que facilitam uma profunda mudança institucional voltada para a Configuração de um verdadeiro mercado educacional".

Superar a crise implica, então, o desafio de traçar as estratégias mais eficientes a partir das quais é possível construir tal mercado.

As reais intenções do sistema neoliberal é ter um “controle de qualidade” sobre a qualidade de “serviços” educacionais, para que assim possam levar o sistema a se conectar com as demandas do mercado.

Isso pode ser visto pelo fato de que promove a exclusão dos “menos” capacitados, pois a forma de “avaliar” tem sua base na historiografia positivista, no seu tecnicismo, entende que a capacidade de uma pessoa pode ser “medida” de acordo com uma ciência exata, com isso, tenta  promover a individualidade, contudo, sua metodologia contraditoriamente é uma tentativa de “igualar” o ser humano, ao tentar o avaliar, através de um sistema promotor de uma “igualdade” no tocante a capacitação dos professores.

Essa teoria contraria  a própria tese de que é necessário esforço para que todos alcancem o mesmo nível de e sejam premiados.

A crise no sistema educacional não é gerencial, mas da democratização, que produz a exclusão, não será o incentivo a “livre concorrência” o fator que irá solucionar o problema estrutural, que precisa de maior flexibilidade para  produzir o mínimo de equidade. Equidade essa defendida pela política neoliberal como efeito do sistema educacional ser ajustado as demandas do mercado de trabalho,  quando o inverso é que pode produzir a chamada equidade: o sistema educacional promover a empregabilidade.

O investimento com verbas públicas seria  eficiente se investido na estrutura  básica de saúde, alimentação, saneamento básico, para assim dar ao estudante condições para se desenvolver na escola. Colocar a educação vinculada ao sistema de competição é um equivoco pelo fato de ignorar que a exclusão social é justamente produto da competição predatória imposta pelo mercado, que na ênfase de promover a individualidade, produz segregação, separação, promove violência por negar os direitos mínimos aos mais pobres e excluídos do sistema.

Esse processo tem uma função ideológica fundamental para a reprodução das relações sociais, baseada no mérito pessoal, demonstrando a todos os setores que existe igualdade de condições entre professores.

A ideologia do método da secretária da educação tem nas entrelinhas a perpetuação da reprodução nas relações sociais, o mérito pessoal deixa explicito a pseudo imagem de que há igualdade de condições entre os professores, sendo assim, “confere aos privilegiados o privilégio supremo de não aparecer como privilegiados”. (Bourdieu 1982, p. 218).

Transferindo a responsabilidade para aqueles que segundo a lei da “punição e castigo” são os deserdados, irresponsáveis e culpados pelo desempenho na sua função, penalizando-o pela “ausência de esforço” na competição do mercado educacional.

A solução deveria partir na busca de políticas que promovam maior inclusão, diminuírem a desigualdade,  e não promover uma luta desigual, excludente e predatória.

*Trabalho realizado no Curso de Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP 
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Referências
GENTILI, Pablo. Neoliberalismo e educação: manual do usuário. Disponível em: http://www.cefetsp.br/edu/eso/globalizacao/manualusuario.html

Entrevista com a Secretária de Educação do Estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, publicada na Revista Veja, disponível em:

BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean Claude. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. 2ªed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.