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Jl-reflexoes

sábado, 6 de março de 2010

Inspiração ou suficiência?

Uma das perguntas que sempre me perguntam é: “Como vou crer que um livro feito por homem é a palavra de Deus?” Sinceramente não acho importante a definição de “inspiração plenária ou verbal”! Estou em maior concordância com João Wesley “A bíblia é suficiente”!

Descobertas arqueológicas confirmam a existência de Abraão, Isaque e Jacó, outrora considerados como lendário, a destruição de Sodoma e Gomorra, que eram “mitológicas”, até que foram comprovadas a existência das cinco cidades mencionadas na Bíblia” [1]

Não é meu propósito fazer apologia sobre a credibilidade da bíblia, mas vejamos alguns fatos no mínimo intrigante; a Bíblia foi escrita num tempo remoto, com mais de 4000 mil anos de história, pela lógica, Ela não pode recomendar “Antes”, algo que o homem descobriria “depois”. Por exemplo, nela há princípios de profilaxia, num período tão longe da medicina moderna, ela registra antecipadamente algo que só seria descoberto em séculos posteriores!

No século XVIII, a Bíblia já havia se antecipado, recomendando atos que posteriormente na modernidade, foram “descobertos” instituindo princípios que seriam um “método preventivo” para a saúde dos hebreus na peregrinação, imagine a reação dos pais quando receberam a ordem de Deus para que ao oitavo dia do nascimento de todo menino, pegar o seu órgão genital, cortar a pele que fica envolto no pênis, essa operação (certamente sem anestesia usando talvez o vinho e o azeite como anti-séptico) [2], parecia uma crueldade de Deus para com uma criança, vejamos o mandamento de Deus:

“E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações”. [3]

O significado dessa ação seria somente um ato com simbolismo espiritual? Apenas um símbolo prefigurando uma “cirurgia espiritual”, para uma aliança futura com a vinda do messias anunciado. [4] ou era uma antecipação a medicina que somente em 1900, conseguiu descobrir: “O Dr. Hiram N. Winebrg, descobriu que não havia câncer de útero nas mulheres judias, devido ao ato da “circuncisão”, (Circum = em volta de + cisão= corte) feita na criança do sexo masculino ao oitavo dia de nascimento [5]”.

Esse “corte em volta de” impede de acumular uma bactéria por nome “semegma”, que poderão ser depositadas numa relação sexual, no colo do útero, no caso de existir lacerações essas bactérias poderão causar irritações, conseqüentemente o câncer de útero [6].

A descoberta da ciência não se deu em laboratórios usando cobaias, mas pela observação nas mulheres judias, que não contraiam o câncer de útero. Mas porque no oitavo dia, pode perguntar alguém, não poderia ser depois, ou antes, do oitavo dia a resposta da medicina é não!

“Há um coagulador no sangue chamado de vitamina “K” antes do dia quinto e sétimo, o dia mais eficiente onde precisa da quantidade ideal (...) Também produz quantidade suficiente de “protombina” que eleva-se a quantidade de 110% depois desce a 100%, por isso o melhor dia é o oitavo por possuir maior quantidade do que qualquer outro dia” [7]

A medicina “descobriu”, o que bíblia já havia “descoberto”, cerca de 3000 anos antes de Cristo. No século 18 a Europa era o centro da tecnologia mundial, a medicina era destaque, em Viena um hospital muito famoso em sua época, tinha um alto índice de mortalidade, os obstetras atribuíram às mortes a lactação atrasada, medo e ar venenoso.

Os médicos que faziam as autopsias nas 24 horas precedentes, logo depois de acompanhados dos seus estudantes, iam aos quartos fazer exames nas mulheres gestantes, “sem lavar as mãos”, um médico por nome Ignaz Semmelweis, observou que o numero de pacientes mortas aumentavam “coincidentemente”, após os médicos saírem da autópsia e examinarem as pacientes gestantes, então estabeleceu por 3 meses a regra de nenhum médico atender as pacientes antes de “lavar as mãos”, essa experiência revolucionou a situação daquele hospital, pois caiu o índice de mortalidade, pois o medico “descobriu”, o que a torah já havia registrado séculos antes para Moisés no deserto.[8]

Como explicar recomendações de prevenção antibacteriana, séculos antes da medicina “descobrir” a custo de muitas mortes, por infecção no Século XVIII? [9]

Sinceramente para min não importa o termo “inspiração plenária ou verbal”, da ortodoxia, ou “tornar-se a palavra” da neo-ortodoxia, ou mito do liberalismo... para min ela é suficiente, ela é revelação...

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Notas
[1] Strobel, Lee. Em defesa da fé. São Paulo. Ed. Vida. 2002.p. 178
[2] Na parábola do Samaritano conta-se que o homem que socorreu o ferido colocou vinho e azeite nos seus ferimentos: Lucas 10: 30,33-34.
[3] Gênesis 17:10-14
[4] Romanos 2:28-29
[5] S.I.Mcmillen M.D. A provisão divina para a saúde. Ed. Fiél 1978.p. 19
[6] Idem, p. 20.
[7] Idem, p. 22.
[8] Números 19:11-13
[9] Idem, 19:19

6 comentários:

  1. J. Lima

    Concordo contigo que a bíblia é suficientemente suficiente.
    Nem a leitura neo-ortodoxa e nem a leitura liberal, com seus símbolos e mitos, conseguiram “derrubar” a bíblia, pelo contrário, conseguiram resgatar nela mesma o seu alto valor e dignidade, pois ela sempre continuará sendo rica e bela em seus significados.

    Embora a bíblia seja realmente um livro escrito por homens – pois se fosse escrito por um cavalo, ai mesmo é que eu não creria – por ser muito antiga e carregar em seus escritos, estórias fascinantes, mesmo que sejam fabulas e símbolos, ela ainda é o livro mais popular e lido do mundo.

    Mas confesso que já faz muito tempo em que não a leio mais, por ter lido muito e de varias maneiras, acabei que nem o salmista que disse que tinha escrito em seu coração, pois não somente a li, mas fui lido por ela durante toda minha vida.

    Abraços

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  2. Caro Prof. J. Lima;

    Passarei a ser um seguidor assíduo deste veículo de reflexões que é o seu blog.

    Curiosamente, estava pensando, Por que devemos confiar na Bíblia? A simples resposta de que a Bíblia e a palavra de Deus, já não surte mais efeito no meio dos confraternos da CPFG.

    Nota-se que no meio deste turbilhão de pensamentos e ideias as vezes nos distanciamos das verdades intrínsecas na Bíblia, nos utilizamos do forte argumento de que esta foi escrita por homens falíveis. Onde está a falha? Na Bíblia? Em Deus? Tenho comigo que o erro esta na nossa percepção.

    A Bíblia foi escrita pela percepção que os homens tinham de Deus.

    O que fazemos hoje não é diferente, escrevemos textos procurando perceber Deus em suas formas e manifestações.

    Concluo que a maior liçao que a Bíblia nos ensina é o Amor de Deus e este é infalível, imutável, irresistível.

    Forte Abraço.

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  3. Oi JL, não estava conseguindo comentar aqui no seu blog pois o computador da Lanhause bloqueava não sei porquê rsssss

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  4. Bom, parece que agora vai. Então volto depois ok?

    abração

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  5. JL, a Bíblia é realmente, um livro sensacional. Muitos dos lugares, eventos e personagens que desfilam em suas páginas, são reais. Os mitos sempre são originários em fatos reais. Logo, sei que Sodoma e Gomorra, podem ter sido realmente destruídas, mas a explicação que o texto bíblico dá é que eu considero mito.

    E devemos nos lembrar que muito do que está escrito nas Torá é baseado em um conjunto de leis mais antigas - o Código de Hamurabi, e que os judeus não são os "inventores" da circuncição, pois povos mais antigos já a praticavam.

    Evidentemente, isso não tira nada do que é singular na Palavra de Deus, sendo ela, como você diz, suficiente.

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  6. Concordo com você meu caro J.Lima


    As grandes descobertas das Ciências, entre elas a Medicina, têm em seu bojo doses de intuição(vindas não sei de onde) e soluções obtidas até através de sonhos.

    Tudo isso se encaixa perfeitamente no que você falou: "REVELAÇÃO".


    Abçs,

    Levi B. Santos

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