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Jl-reflexoes

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A Luta da razão no domínio dos desejos.

Enquanto você se esforça prá ser,
Um sujeito normal,
E fazer tudo igual.
Eu do meu lado, aprendendo a ser louco.
Um maluco total, na loucura real.
Controlando a minha maluquez,
Misturada com minha lucidez
Vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza.
Este caminho que eu mesmo escolhi.
É tão fácil seguir, por não ter onde ir.
Controlando a minha maluquez,
Misturada com minha lucidez.
Vou ficar,
Ficar com certeza, maluco beleza. Eu vou ficar...
Raul Seixas

Há uma riqueza antropo-filosófica, altamente contextualizada sobre a condição humana, na letra dessa música: “Enquanto você se esforça prá ser, um sujeito normal”.

Acredito que o compositor tinha conhecimento de antropologia muito contextualizado, pois ele desconstrói uma premissa da cultura ocidental. “A razão como imposição na construção de uma sociedade normal”.

A premissa de que a razão é superior ao sensível do corpo, na realidade tem sua ontologia no ocidente, afinal se ser “normal”, exige esforço, para a “repressão dos instintos”, ou, como diria Spinoza dos “Afetos”, logo os normais “são anormais”, neuróticos que na supressão dos afetos fingem ser normais, e os normais são os que manifestam os seus afetos, visto que esses estão seguindo o curso normal da vida! Sendo assim são os “normais” que são anormais, fingindo uma normalidade, que não reflete a realidade da constituição humana.

Isso quer dizer que o homem deveria dar vazão aos seus instintos para não serem neuróticos? A resposta é não! As regras tiveram a sua gênese na cultura, servem para limitar a irracionalidade humana, para a sua não destruição, mas a critica é achar que a “normalidade do geral”, pode padronizar o individual, o problema é a rotulação contra aqueles que no esforço para ser “normal”, não conseguem “fazer tudo igual”.

O surgimento da cultura serviu para por limites ao homem, mas essa cultura que limita também neurotiza, pois os desejos recalcados causam uma anti-vida no homem, a supressão dos desejos  é uma conspiração para a vida natural do homem que é a única vida que realmente se expressa.

A filosofia do “ideal”, platônico, para além do corpo, é um desejo para o perfeito que existe "além de", mas toda vida que anseia pelo que transcende, se expressa em forma de ritos, o sagrado, é viver na dimensão daquilo que "está além de"; ai isso denomina-se fé.

A “razão não pode ser a medida de todas as coisas”, pois ela é uma construção de "pré-missas" já concebidas! A fé antecede a razão, pois no momento que a razão explica o objeto da fé, a fé torna-se ciência, deixa de ser fé!

O compositor entendia que o ser humano vivia numa linha tênue: “Controlando a minha maluquez, misturada com minha lucidez”, ele entendia a ontologia da sobreposição da razão sobre os desejos, isso porque os valores aceitos como universais foram sempre constituídos por “pessoas singulares”, que fizeram da sua própria “singularidade” critérios universais, ao definirem o bom para si, instituíram como valor universal, pensava-se “tem que ser aplicado a todos os homens”, mas havia um inimigo “o corpo”.

O “ideal” da filosofia platônica, passado para o cristianismo teve sua gênese, na busca do “bem ideal” que nascia na teoria do “individuo” de determinava o que é o “bem e o mal”, uma vez definido iria impor a aplicação no “coletivo”, achando-se que o que era o “bem” para um seria o “bem” para todos.

Esse “bem ideal” era eficiente na sua elaboração, mas ao chegar à vida que acima de tudo é dinâmica e não estática como base a filosofia na “lei da não contradição”, encontrava no corpo a “contradição”, como oposição, “bem não poderia ser aplicado em todos”, se pensou que a falha estava no “corpo”, que sendo matéria conspirava contra a “alma”, mas o erro é que toda teoria nasce de uma pessoa e essa é “singular” e não se pode normatizar uma experiência individual transpondo-a para geral.

Nas religiões o pecado se deve a “carne” e a “culpa”, pelo fato do individuo não conseguir cumprir a moral da “razão” isso porque o homem nasce pecador, impossibilitando-o atingir o bem universalizado embora a “idéia”, meta-física, (alma-espírito) tem na física (carne-corpo) o seu adversário!

O problema é o corpo, a alma deseja o “ideal”, por isso o compositor tem razão: “Controlando a minha maluquez, misturada com minha lucidez. Vou ficar, ficar com certeza, maluco beleza”.

Controlar a maluquez significa que ele vai se esforçar para dominar o corpo, os afetos, dentro do que a sociedade herdou como “normal”, não iria ficar somente na “lucidez” (razão) ele ia misturar, com a “não razão”, que ele chama de “maluquez”, expressão natural dos afetos, não sei se o compositor sabia que dessa mistura... nasceu a arte!

7 comentários:

  1. Caro José lima, muito prazer.
    Recebi a indicação do Gresder, e logo estou te seguindo, para juntos dialogarmos – ou tentarmos dialogar, aja visto serem os seus textos, de uma profundidade e significância monstruosa.


    Tentarei expor através de perguntas, o que de mais precioso subentendo e percebo em seu texto:


    Sempre acreditei – até agora, antes de ler esse texto. Rsrsrs – que a razão deve prevalecer sobre os nossos sentidos e extintos.


    Mas se ao mesmo tempo em que você desconstrói essa premissa, você afirma que a solução não seria “dar vazão aos seus instintos para não ser neuróticos”, qual seria então a nossa real solução, seria misturar, como a musica cantada por Raul Seixas, “Controlando a minha maluquez, misturada com minha lucidez”, ou seja, ser racional, mas às vezes, deixar extravasar os nossos desejos?



    Sua fala: “mas o erro é que toda teoria nasce de uma pessoa e essa é “singular” e não se pode normatizar uma experiência individual transpondo-a para geral”.


    Pergunto:

    Mas qual é o verdadeiro ideal de moral?


    Já que as normas de um, vira norma pra todos, o que, ou quem dirigia o nosso comportamento?


    Nossa consciência?


    O meio em que se vive?


    Ou a bíblia?


    Mas não seria a bíblia reprimidora do ser?


    Acorrentando nossos extintos, castrando nossa liberdade?


    Qual é o verdadeiro padrão de moral?


    Já que em cada cultura, época e nação ela varia, qual seria a mais correta pra se viver?


    Aguardando ansiosamente vossas respostas...............

    Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

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  2. Olá Marcio
    Será um prazer dialogar contigo.
    Bom vamos lá... Rsss
    Primeiro a premissa da teologia cristã na sua ortodoxia é que o homem é um “ser racional”, essa premissa é aceita pela maioria dos teólogos, mas não tem sustentabilidade numa antropologia mais contextualizada, tão pouco na história da filosofia.

    Tanto a psicologia quanto a antropologia e alguns ramos da sociologia concordam que a razão no homem surgiu diante do terror da existência, principalmente o seu fim é claro! Rsss

    A cultura surge como um meio de preservação, o homem é o único animal que luta contra o devir, que é o ciclo de mudança encontrada em toda a forma de vida, veja que o homem consegue transcender o tempo ele vive o presente, mas se projeta no futuro, e se constrói olhando para o passado!

    Na filosofia Parmênides achava o devir era uma espécie de castigo, então devido a ver a vida como um mal, cria a teoria do ser uma coisa que se chama ser esse ser é a essência o ser “È” o que “È” o ser não está no devir, não é devir, então o ser a essência é o fundamento e esse fundamento só pode ser atingido pela via do “pensamento e não pela via da sensação”.

    Veja que esse filósofo juntamente com Heráclito e praticamente todos os pré-socráticos acreditavam no mundo como um processo de transformação continuo, mas Parmênides já estabelece um principio metafísico estático o ser que não se tranforma em oposição ao não ser que sofre mudança.

    Agora Platão e Aristóteles, são os “escribas” que sistematizam e colocam na escrita esse principio metafísico em oposição ao não físico, e os teólogos do cristianismo misturam com o evangelho e ai... (deixa pra lá rsss)

    Agora perceba que no artigo quando afirmo que o normal não é a razão, mas a não razão, pergunto se deveria dar vazão ao instinto e repondo não! Veja porque a ausência da razão no ser humano faria com que ele deixasse de ser humano, a transcendência tão criticada pelos ateus, é justamente a capacidade do homem sair do tempo e do devir.

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  3. (continua...)
    Na filosofia grega socrática há uma mudança o pensamento que domina até hoje, tem sua utilidade mas a minha critica é que pense comigo:

    Quando a filosofia dicotomiza o corpo da alma, a alma imaterial passou a ser o paradigma do que é bom e o corpo o obstáculo da alma, mas a definição do “individual” que eu falo é que toda teoria, não consegue ser isenta de influência tanto histórica, cultural e também porque não dizer da singularidade da individualidade de cada um, esse é o problema que se você ser igual ao geral, que é a sociedade num todo, você vai matar por exemplo a arte, quem foram as celebridades da história porventura não foram excluídos como loucos, hereges, os que misturam a maluquez com a lucidez e foram ex-comungados? (Galileu!)

    A sua pergunta sobre qual é o verdadeiro ideal da moral? Respondo a moral tem sua validade transitória, não pode ser canonizada, congelada, esse é o problema, lembra dos teólogos neo-ortodoxos, Barth, Bultman, Emil Brunner, e um que já está na linha entre neo-ortodoxo e liberal Paul tillich? Pois é foi uma resposta ao contexto rígido da reforma que não quis mais ser reformada! Rssss

    Quanto a questão em relação a bíblia, acho que já passou da hora de deixarmos a “Biblio-latria”, assim como a “dogma-latria”, como cristãos temos que reconhecer que ao transformarmos cristo em cristo-anismo, cometemos muitos equívocos, um deles e achar que temos a tão temida “verdade” essa é muito escorregadia.

    Talvez por isso Jesus ao se denominar “verdade” colocou essa palavra na frente do “caminho” e atrás da “vida”, mostrando que no caminho a verdade é relativizada e a vida está sempre à frente de qualquer verdade e que toda verdade tem que se relacionar com a vida!

    Você tem razão quanto à interpretação do Raul, o ideal é (aliais lembre-se que “ideal”, é uma construção platônica de algo a atingir! Rsss), que a vida não tenha ideal, mas sim construção e essa implica desconstrução, ou seja, a moral serve para padronizar, mas não pode ser tirana, não pode sufocar a criação pois toda moral serve para preservar o ser humano, mas pode sim castrar, sufocar e matar a riqueza da singularidade do homem.

    Marcio não sou a favor de um padrão geral de a-narquia, nem de mono-arquia, já a demo-cracia não é tão demo assim, pois dá o mínimo de liberdade de expressão para se misturar a lucidez com a maluquez! rsss

    Abraço.

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  4. Caro amigo José Lima

    O prazer da dialética reflexiva é toda minha. Rsrsrsrs


    Mas a premissa de que o homem é um ser racional – inclusive, há quem defenda que essa é uma das maiores, se não for à maior, das características da imago dei no homem – é encontrado em algumas declarações da filosofia, de que, o que difere o homem do animal, é justamente a razão, se isto for desconstruído, o que deve ficar em seu lugar então?


    Se de fato, a razão surge no advento do terror da existência, e partido do pressuposto da assertiva de um filosofo que disse que “o sentido da vida esta na morte”, portanto, o sentido do sentido não seria a razão?


    Justamente esse transcender o tempo, não seria devido à razão, e, logo, não seria a razão, a razão da razão de se Ser e de Existir?


    Em relação à dicotomia do corpo e alma, sendo a matéria inerentemente má e a alma inerentemente boa, você concorda?


    Nesta pelo menos, não vou perguntar, mas dar minha opinião. Rsrsrsrs
    A bíblia é um conjunto de regras que tem que ser visto sobre o prisma cultural e temporal.
    Não há lógica, por exemplo – e vou dar só este exemplo, pois assim como este, tem vários – em nossa época e cultura, aplica o ensino de Jesus sobre o divorcio somente em caso de porneia – pois é este, o termo em grego, que Jesus usa – e não permitir em casos de violência que seria até mesmo pior do que o tal do adultério.


    Mas em relação aos princípios morais e universais, tais como, amar o próximo como a ti mesmo, como é que ficam?


    Aproveitando o gancho, para você, o que é, a tão cobiçada e disputada “verdade”?


    Nesta eu concordo – ou melhor, dizendo, eu entendo. Rsrsrs – se tivermos nas mãos, de um lado a “verdade” e na outra a bondade, sempre devemos escolher a bondade.


    Essa sua frase é genial: “que a vida não tenha ideal, mas sim construção”.
    Ideal, é um lugar a se chegar, metas para se alcançar, já a construção é um caminho a se percorrer.
    Ideal é muito pessoal, pois o que pode ser pra mim um ideal, pode não ser para outras pessoas.


    E em síntese, o que eu compreendi, em relação à moral foi que:

    Devemos viver segundo a nossa consciência, mas não se esquecendo que também devemos viver esse viver, de modo livre, mas também responsável, o meu limite termina quando começa o do outro.


    Sabe o que me ocorreu agora na minha mente pensante:
    Será que daria certo, uma sociedade sem leis e regras?


    Eu acho que não, pois se não, seriamos verdadeiros bárbaros anarquistas.
    Devemos respeitar a lei, mas sem deixar que ela castre nossa liberdade de Ser, existir e viver.


    Ou seja, viver entre a lucidez e a maluquez!


    Abraços e aguardo respostas. Rsrsrsrsrs

    Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

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  5. Marcio.
    Compreendo a sua inquietação, quanto à razão, veja que no artigo eu havia dito que a capacidade do homem de transcender como critica do ateísmo é justamente o que difere o homem do animal.

    Quanto à “razão” como ontológica no homem, surge uma pergunta: “como o homem pode fazer uso da razão extra-histórica”, ou seja, como a razão pode ser colocada como algo anterior, ou como uma constituição humana, se a razão existe como “comparação”, uma dialética entre a pessoa e a vida!

    Na teologia parte-se do pré-suposto de que essa “razão” é algo inerente a natureza, foi a partir daí que a filosofia construiu a sua história, ora se a razão é algo extra-histórico transcendente, então podemos criar o “bem universal”, que são conceitos meta-físicos, que estão fora do homem, mas essa construção tinha como cosmovisão de que o universo era constituído de “causa e efeito”, o cosmos era ordenado, tudo seguia uma lógica, o universo era cosmético!

    Kant com a critica da razão pura construiu uma “razão”, na qual o homem (corpo, sentidos e o sensível) deviam se adaptar a Theoria! O grande problema é que essa idealização não foi atingida pelo contrário o “corpo desde os gregos era sempre o obstáculo”!

    Quanto à razão no homem não a nego, apenas vejo ela como uma construção na história através da cultura, realmente é isso que diferencia o homem dos animais, ainda que a capacidade de transcender seja visto como algo imanente no homem, mas a construção da razão teve sua gênese no encontro com o terror inevitável que é a possibilidade do não existir!

    Aristóteles define o homem como um animal racional, ou seja, a capacidade de raciocinar difere o homem do animal. Descartes mantém a mesma definição, porém acrescenta em contraposição aos animais a afetividade no homem, mas acho que a melhor definição é a de Rousseau o homem possui a liberdade ou a perfectibilidade que é a capacidade de se aperfeiçoar ao longo da vida.

    Como disse Sartre: se o homem é livre então não existe natureza humana, essência os animais têm uma essência que os predetermina desde o nascimento. Para Rousseau, “o animal é a extensão da natureza, são um, já o homem e a natureza são dois”.

    Rousseau não usou o termo “racional” da filosofia grega, alongada com Descartes com a “afetividade” em contraposição aos animais, não sei se devido à palavra “racional”, na gênese aristotélica implique numa definição da lei “Não contradição”, visto que a definição Rousseau, significa justamente que:

    “o homem não segue nenhuma lógica pré-determinada por nenhum código natural ou histórico”.

    Bom pode ser usar que o homem é um ser racional, mas prefiro dizer que o homem é um ser “transcende”, não “transcendental”, pois é na sua história que ele se transforma, vai muito além de possibilidades ele inventa!

    “Aproveitando o gancho, para você, o que é, a tão cobiçada e disputada “verdade”?
    A essa pergunta poderia fazer uma hermenêutica não só contextual, mas acima de tudo existencial; usando o contexto bíblico de João 8:32 lembra?Eu interpreto esse texto de “conhecer a verdade”, como justamente o inverso de uma lei moral fixa irremovível, veja que esse verso está no contexto do capitulo 8 que é a tentativa do apedrejamento da mulher pega no ato do adultério!

    Jesus desmonta a interpretação da lei moral fixa e a flexibiliza, a vida é a única universal, e todo o juízo da vida por alguém vivo, é no mínimo tendencioso, mas visto que os mortos não podem julgar. Rsss!

    Vamos aceitar o juízo dos vivos, como absolutos desde que preserve a vida! Pois quando a vida for posta em risco vamos relativizar, creio que a moral sirva para preservação da vida, a moral foi uma invenção para manutenção da vida a não a vida para manutenção da moral! (Obs: “a vida para manutenção da moral”! Qualquer semelhança com o cristianismo atual não terá sido mera coincidência! Rsss)

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  6. Desculpe-me J.Lima, por não ter lido sua resposta a minha pergunta antes – desculpa nada!!! A culpa é tua, que mandou demorar, para me responder, acabei esquecendo-se de olhar a sua reposta. Kkkkkkkkkkkkkkk


    Só agora eu consegui captar a vossa mensagem. Rsrsrrs
    É verdade, no seu texto ela estava latente, como não pude perceber – acho que vou ter que manter o padrão de ler duas vezes a sua postagem, para conseguir absolver melhor o seu teor. Rsrsrsrsr


    A grande diferença do homem para o animal é a capacidade de transcender!!!!!!

    Vou dar um gloria.....posso??
    Hoooo GLORIA!!!!!!!!!

    Falando nisto, você é pentecostal J. Lima. Rrsrsrsrsrsrsrs


    Cara também não compartilho da idéia do essencialismo de que o homem já nasce pronto.
    O homem tem essa capacidade de matar a si mesmo, mudar visão, vida, reconstruir historia, se transcender dentro da sua própria historia fazendo uma nova historia!!!!


    A historia vai transformando ele, na medida em que ele vai transformado a própria historia.


    Fabuloso!!
    A vida é a maior e única verdade-verdade, pois a moral como vida é verdade-mentira, sendo, podendo e devendo si ser relativizada por causa da vida!!!!


    Abraços e obrigado pelas respostas.

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  7. Olá, amigo.

    Entendo que precisamos aprender a lidar com a nossa maluquez sendo certo que nem sempre a controlaremos. Mas, por outro lado, se formos conduzidos por ela, podemos cair num terrível abismo.

    Na pedagogia da graça, ao invés de se alimentar culpas pelo fracasso em controlar a maluquez, deve-se buscar compreendê-la melhor e procurar soluções equilibradas em que as inquietações do ser humano sejam consideradas através do diálogo que se deve ter com as compulsões que habitam o nosso interior.

    Essa atitude de permanente compreensão pode de algum modo corresponder ao que Paulo teria dito aos gálatas sobre o "andar em espírito" afim de que seus leitores não cumprissem as "concupiscências da carne".

    A paz do Senhor.

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